A mascote fugiu há uma semana e todas as pistas que levariam até ela não deram em nada. Seu habitat é quintal, num tanque construído especialmente para ela, cercado com uma tela. O mais interessante é que ficamos sabendo da fuga por meio de uma vizinha que postou no Facebook ter encontrado uma tartaruga em sua casa.
Vi a foto e liguei para minha mulher, Chris, para checar se a nossa tartaruga estava no tanque. Ela foi ver e, assustada, disse que não. Então contei o que havia visto no Facebook. E aí começou a procura desenfreada pela Tati. O detalhe é que a casa da vizinha fica distante cerca de 200 metros. Como a tartaruga conseguiu ir tão longe sem ser amassada por um carro ou atacada por um cachorro é um mistério. A vantagem para a Tati é que moramos na Vila São João, onde as ruas são de terra. No dia em que fugiu chovia muito e todos estavam dentro de casa.
A Tati está com a família há 20 anos. Meus filhos, Dani, Verônica e Carolina ganharam ela de um casal que foi morar em Londres. O Dani construiu o belo ambiente para ela, cercado com tela, que já citei, para lhe dar o máximo possível de conforto.
Bem, lá fomos Enzo, meu filho de 9 anos, e eu, na casa da vizinha buscar a Tati. O Enzo estava ansioso para ver seu bichinho de estimação. E eis que, ela... fugiu da casa da vizinha também. Apesar de sido alimentada e ter ganho um cantinho, ela foi embora. Voltamos para casa tristes. A Carolina bateu em várias casas da vila em busca de informações da fugitiva. E, Nada.
A tristeza em casa aumentou, com a perspectiva de não encontrá-la mais. Onde estará a Tati?? Está viva? Está comendo? Será que alguém levou para casa? Falei com os vizinhos Mosquito e Paulinha e eles contaram que a tartaruga deles também fugiu – isso foi há alguns anos – e nunca mais voltou. “Alguém pegou e levou para casa”, disseram. Pode ser, pensei.
Nos dias seguintes fizemos várias buscas pela vila e na fazenda próxima. Nada. No Facebook, vários vizinhos se solidarizaram, mas ninguém viu a tartaruga. Passaram-se três dias sem nenhuma notícia da pequena. Mas, ainda havia uma ponta de esperança de que ela voltaria, seja por vontade própria ou pela bondade de alguém.E eis que, na última quinta-feira, sete dias depois de escapar, a vizinha Angela aparece com a Tati na mão. Minha mulher quase teve um enfarte de alegria. A própria Angela estava visivelmente emocionada por ter encontrada a tartaruga em seu quintal. Ela contou que seus dois cachorros latiam insistentemente para um monte de folhas no fundo do quintal. A princípio pensou que fosse algum bicho e não ligou. Mas eles insistiram e ela resolver ver o que estava acontecendo. E eis que a Tati surge. Imediatamente ela veio nos dar a boa notícia. Foi uma grande alegria. Final feliz. Agora meus filhos cobram um reforço maior no cercadinho, para que ela não cometa mais aventuras sem autorização.
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